quinta-feira, 24 de março de 2011

14 de Março, dia Mundial da Incontinência Urinária!!!

A incontinência urinária (IU) não é uma doença, mas sim um sintoma e um sinal de disfunção vesical e/ou do mecanismo esfincteriano uretral, 1 definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como a queixa de qualquer perda involuntária de urina 2,3,4, pode afetar adversamente a qualidade de vida (QV) do individuo levando a implicações nas esferas psicológica, social, física, econômica, do relacionamento pessoal e sexual. Apresentando-se como ameaça à auto-estima, associada à vergonha, estigmatização, isolamento e depressão. 1, 5, 6
A IU atinge freqüentemente as mulheres, principalmente a partir da meia idade. No Brasil representa um sério problema de saúde pública, 1 principalmente, pela tendência ao agravamento com o envelhecimento da população. Sua incidência é maior no sexo feminino com probabilidade de desenvolvimento após os 40 anos devido a razões anatômicas, mudanças hormonais, conseqüências de partos /gestações que podem deslocar e enfraquecer os músculos do períneo e problemas associados com a constipação intestinal entre outros 1,5,6. Estudos tem demonstrado que a prevalência da incontinência urinária de esforço (IUE), seguido da urge-incontinência no período perimenopausal e na menopausa pode ser 60% 5,8.
Esta disfunção tem sido subestimada, freqüentemente negligenciado e não têm recebido considerada atenção dos profissionais da saúde 2,6. Observa-se que, algumas mulheres desvalorizam o sintoma quando o incômodo é pequeno, não consideram justificativa para consultar o médico ou ainda consideram a perda urinária como ocorrência natural da idade, fazendo parte dos problemas que as mulheres têm que aceitar com o processo normal do envelhecimento 3,9. Outras mulheres têm constrangimento em relatar seu problema a um profissional de saúde 5, e a postura de alguns destes pode causar inibição e impedir que a mulher expresse suas queixas durante a consulta 5,7.
A IU é uma condição permanente, com pouca tendência à remissão sem tratamento 1,10. Desta forma, é de extrema importância à adoção de medidas preventiva e/ou de tratamento a fim de reduzir a prevalência e a gravidade deste sintoma.

Leia mais sobre o assunto!!!

1. Tamanini JTN, Dambros M, D'Ancona CAL, Palma PCR, Rodrigues Netto Jr N.Validação para o português do “International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form” (ICIQ-SF). Rev Saúde Pública. 2004; 38 (3):438-44..
2. Silva AP, Santos VLCG. Prevalência da incontinência urinária em adultos e idosos hospitalizados. Rev Esc Enferm USP. 2005; 39(1):36-45.
3.Reis RB, Cologna AJ, Martins ACP, Paschoalin EL,Tucci Jr S, Suaid, HJ. Incontinência urinária no idoso. Acta Cirúrgica Brasileira. 2003; 18 (Supl 5): 47-51.
4. Caetano AS, Tavares MCGCF, Lopes MHBM. Incontinência urinária e a prática de atividades físicas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. [online]2007; 13(4): 270-274. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922007000400012&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 13 fev 2010.
5.Guarisi T; Pinto Neto AM, Osis MJ, Pedro AO, Paiva LHSC, Faúndes A. Procura de Serviço Médico por Mulheres com Incontinência Urinária. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2001; 3(7): 439-443.
6. Lopes T, Vale P ,Monteiro LA ,Gomes MJ,Silva C, Santos PM et al.Dia da Incontinência Urinária. Dossier saúde espercial. Suplemento Integrante do Diário de Notícias e do Jornal de Notícias 14 de Março. Disponível em: http://www.apurologia.pt/pdfs/dossiersaude.pdf Acesso em: 23-03-2009.
7.Higa R, Lopes MHBM.Porque profissionais de enfermagen com incontinência urinária não buscam tratamento. Rev Bras Enferm.2007; 60(5): 503-6.
8.Guarisi T, Pinto Neto AM, Osis MJ, O Pedro A, Paiva LHC,Faundes A. Incontinência urinária entre mulheres climatéricas brasileiras: inquérito domiciliar. Revista Saúde Pública. 2001;35(5): 428-35.
9.Zanetti MRD, Castro RA, Rotta AL, Santos PD, Sartori M, Girao MJBC. Impact of supervised physiotherapeutic pelvic floor exercises for treating female stress urinary incontinence. São Paulo Medical Journal.2007;125 (5):265-269.
10. Holtedahl, K. ; Hunskaar, S. Prevalence, 1-year incidence and factors associated with urinary incontinence: a population based study of women 50–74 years of age in primary care. MATURITAS An International Journal of Midlife Health and beyond. Jan 1998, 28(3): 205-211.

Nenhum comentário:

Postar um comentário