quinta-feira, 24 de março de 2011

O impacto da Incontinência Urinária na Qualidade de Vida

Para Benedita (2005) 1 apesar de ser observada a elevada prevalência da IU com importante impacto físico, psicológico e social, a IU é difícil de ser identificada, pois apenas um terço dos indivíduos comunica esse problema ao seu médico. Contudo, observa-se uma crescente utilização da mensuração da qualidade de vida (QV) como indicador para avaliação da eficácia, eficiência de determinados tratamentos e comparação entre procedimentos 2 além de averiguar o impacto de algumas patologias na vida do indivíduo.
Quando se trata da IU, os estudos recentes vêm documentando o impacto negativo desta disfunção na QV dos indivíduos. Desta forma questionários específicos como o Quality of Life in Persons with Urinary Incontinence – IQOL, traduzido para o língua portuguesa e adaptada à realidade brasileira, são importantes para avaliar o impacto das doenças sob o ponto de vista do paciente e sua percepção de melhora após o tratamento 3,4,5,6,7. Uma pesquisa realizado no Serviço de Fisioterapia Uroginecológica do Hospital da Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais averigou o impacto da IU na QV atraves do IQOL com 58 mulheres, onde pouco mais da metade apresentaram escores acima de 50%, indicando impacto relativamente pequeno deste sintoma na QV 8.
Visando verificar a melhora dos pacientes pós-tratamento fisioterapeutico, foi realizado um estudo clínico randomizado no Setor de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal - Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com 45 pacientes com IUE: 24 tratadas com EE e 21 com CV, o I-QOL apresentou melhora significativa dos índices de QV das pacientes tratadas com EE (40,3 versus 82,9) e os CV (47,7 versus 84,1) após os 4 meses de tratamento 9.

“A ignorância é o que travanca o Brasil!!!”

Procure se informar mais!!!
1. Benedita, G. M. Incontinência Urinária Feminina. Revista Portuguesa de Clinica Geral. 2005;(21)11-20.
2. Kaplan RM. Quality of life, resource allocation, and the U.S. Health-care crisis. In: Dimsdale JE, Baum A, editors. Quality of life in behavioral medicine research. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates; 1995. p. 3-30.
3. Chaisaeng S, Santingamkun A, Opanuraks J, Ratchanon S, Bunyaratavej C. IQOL: translation & reliability for use with urinary incontinence patients in Thailand. J Med Assoc Thai. 2006;89 (3):S33-9.
4. Van der Vaart CH, de Leeuw JRJ, Roovers JP, Heintz APM. The effect of urinary incontinence and overactive bladder symptoms on quality of life in young women. BJU Int. 2002;90:544-9.
5.Huang AJ, Brown JS, Kanaya AM, Creasman JM, Ragins AI, Van den Eeden SK, et al. Quality-of-life impact and treatment of urinary incontinence in ethnically diverse old women. Arch Intern Med. 2006;166:2000-6.
6. Nygaard I, Turvey C, Burns TL, Crischilles E, Wallace R. Urinary incontinence and depression in middle-aged United States women. Obstet Gynecol. 2003;101(1):149-56.
7 .Tamanini JTN, DAncona CAL, Botega NJ, Netto Jr NR. Validação do "Kings Health Questionnaire"para o português em mulheres com incontinência urinária. Rev Saúde Pública. 2003;37(2):203-11.
8.Patrick DL, Martin ML, Bushnell DM, Marquis P, Andrejasich CM, Buesching DP. Cultural adaptation of a quality-of-life measure for urinary incontinence. Eur Urol. 1999;(36):427-35.
9. Santos, PFD; Oliveira, E; Zanetti, MRD; Arruda, RM; Sartori, MGF et al Eletroestimulação funcional do assoalho pélvico versus terapia com os cones vaginais para o tratamento de incontinência urinária de esforço. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2009;31(9): p.00

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